terça-feira, 19 de março de 2013

Inclusão digital?

Antes de mais nada, devemos problematizar o termo inclusão para então adotarmos um posicionamento acerca de uma questão tão inquietante quanto essa. Faço assim uma associação da palavra inclusão com a ideia de letramento, consequentemente, em oposição à alfabetização. O termo inclusão deve ser entendido não como inserção, pois o indivíduo, querendo ou não, já está inserido em uma sociedade que faz uso das tecnologias. Nesse sentido, a inclusão relaciona-se ao processo de apropriação das TICs por esse indivíduo. A inclusão digital permitirá que o sujeito possua o conhecimento necessário para usar de maneira eficiente as tecnologias para seu próprio benefício. Assim como a ideia de letramento, a inclusão está interligada com o uso social e não a uma mera codificação (alfabetização). Não adianta distribuir, por exemplo, as tecnologias pelas escolas sem que haja uma orientação em relação aos aspectos importantes, tais como: a contribuição do uso dessas tecnologias, processos facilitadores, a eficácia da construção de materiais conjuntamente, interatividade, etc. O ensino tradicional não cabe mais em sala a partir do momento que os alunos se apropriam de fato das tecnologias. O professor não assume mais o papel de "transmissor" de conhecimento, mas de de mediador. Por isso é tão importante que a formação docente tenha uma atenção maior para essa situação.

Um comentário:

  1. Quando citamos a palavra "Inclusão", remetemos a alfabetização, processo linear da informação. A informação parte do professor, tida como absoluta e correta, e o aluno a recebe. Para que esse processo dito como inclusão realmente adquira funcionalidade, o mesmo deve partir de uma perspectiva onde o professor seja intermediador, e só assim o conhecimento pode ser construído de uma maneira mais proveitosa, tanto para os alunos quanto para os professores.

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